terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

A CELEBRAÇÃO DOS CALANGOS

 

 Ele morreu!

 As árvores balançavam...

O céu estava cheio de nuvens escuras...

Não existia estrelas no universo.

 

Transeuntes passavam

Olhavam para aquele homem

Estavam intrigados com a presença dele.

Estava    ali    parado!

Vozes dominavam o pensamento dele.

 

Dentro do seu ser explodia vozes ....

Tentavam alertá-lo!

Não queria escutar

Tentava se fazer de surdo.

 

Vozes o deixaram atônitos

Gritavam em vários idiomas

Acorde! Acorde! Acorde!

Saia! Dai!

 

Não conseguia abrir os olhos

Tomou coragem abriu!

A visão meia embasada!

Percebeu...

 

A mentira chegou em seu disfarce cruel!

Veio     com   ela    a     dissimulação

Dominada pelo monstro da ilusão...

 

 

Ele relutava!

Não queria enxergar!

Imaginava ser tudo um pesadelo...

Resolveu abrir os olhos

 

Faíscas de fogos caia dos ares!

Começou a trovejar!

Seus olhos lacrimejavam!

 

As vozes o impulsionaram

Estava tudo confuso!

Tentou se acalmar!

 

Vozes diziam vai deixar

Tudo assim?

Estamos decepcionadas com você!

 

O coração do infeliz estava amargurado

Seus lábios começaram a tremer!

Palavras saiam como chicotes

 

A mentira cruel e traiçoeira

Agarrou-se   com   a   dissimulação....  

Quando recebeu a primeira chicotada.

 

Cobras começaram a cair das árvores...

O homem notou a presença da falsidade

Naquele momento o infeliz

Enfrentou o monstro da ilusão

Que chegou disfarçado   de   filho de Deus.

 

 

 

Foi uma noite de trevas....

Sempre estes monstros o atormentaram

Mas desta vez usaram um golpe baixo

Conseguiram mata-lo.

Ele foi esfaqueado!

Vozes gritaram!

 Morreu!

Os calangos vieram celebrar......

 

 

 

Mário Silva   15/02/2022