A gênese da minha morte veio comigo ao nascer, choramos,
brincamos, crescemos juntos na infância , na adolescência , continuamos a
caminhar.
Hoje já estamos
próximos ao meio século não sei quando iremos de fato nos casar, pois o beijo
nupcial desta figura é temido por todos os mortais.
Um dia partíramos juntos deixaremos o jardim da saudade para
quem fica, iremos em busca da liberdade espiritual.
Vermes e germes já
estão prontos para disputarem a minha carne podre quando o momento inusitado da partilha
chegar.
Será a disputa mais sabia que já existiu, a natureza está
cumprindo as suas próprias leis, a liberdade da alma esta presta a acontecer!
Quando os olhos dos mortais se fecham e a respiração cessa
acontece o momento espantoso triste doloroso para muitos mortais que é a morte
da carne.
O entrelace matrimonial é realizado com
este ultimo beijo, em que a vida me
entregará a morte.
Mário Silva
19/06/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário