Aristófanes
Aristófanes nasceu em Atenas e viveu,
aproximadamente, entre 448 e 380 a.C. Pouco se conhece de sua vida. Deve
ter recebido cuidadosa educação, a julgar pela cultura que demonstra em
suas
obras e pelos ataques que faz contra a ignorância. Assinou as primeiras
comédias com um pseudônimo, mas revelou sua verdadeira identidade
depois de alcançar sucesso. É o principal representante da “Comédia
Antiga”. Suas comédias, as únicas que chegaram integralmente até nós,
são até hoje consideradas verdadeiras obras-primas do gênero cômico,
mas, os seus méritos poéticos, não foram muito apreciados pelos eruditos
alexandrinos — eles conservaram suas obras, aparentemente, pelos
simples fato de serem a fonte mais pura do dialeto ático antigo. Das
quarenta peças que escreveu, chegaram até nós, integralmente, apenas 11.
Das restantes, só conhecemos fragmentos. Aristófanes especializou-se na
sátira social e política, e é difícil encontrar um escritor de
agressividade igual.
Aristófanes – A REVOLUÇÃO DAS MULHERES
Aristófanes – AS NUVENS
Aristófanes – LISÍSTRATA
Aristófanes – OS CAVALEIROS
Ésquilo
Ésquilo (Elêusis, 525/524 a.C. – Gela 456/455 a.C.)
é o mais antigo dos poetas trágicos cuja obra chegou até nossos dias.
Aristóteles sustentava que foi ele o verdadeiro criador da tragédia
ática à qual deu dimensões literárias e sociais. Apresentou-se pela
primeira vez nos concursos trágicos de
Atenas em 500 a.C. / 499 a.C. com um drama cujo nome hoje
desconhecemos; obteve a primeira vitória em 484 a.C. e foi,
posteriormente, vitorioso mais doze vezes. Ésquilo reduziu a primitiva
importância do coro e
acrescentou um segundo ator, tornando possível o diálogo entre os
personagens e a ação dramática. É provável que tenha também introduzido
aperfeiçoamentos no vestuário e nos cenários, a julgar pela dificuldade
técnica de algumas de suas encenações. Em linhas gerais, o estilo de
Ésquilo é vigoroso e as suas tragédias elevam o ânimo
a um mundo superior; os seus personagens, como corresponde à divindade,
são grandiosos e ideais. Segundo alguns estudiosos de sua obra, ele
produziu 79 tragédias, enquanto outros atribuem ao dramaturgo a criação
de pelo menos 90 peças, das quais foram preservadas apenas sete
tragédias integrais, além de alguns trechos de outras. São elas: Os
Persas (472 a.C.); Sete Contra Tebas (467 a.C.); As Suplicantes (c. 463
a.C.); Prometeu Acorrentado (c. 462-459 a.C.); Agamemnon (458 a.C.);
Coéforas e Eumênides (458 a.C.). As três últimas formam a única trilogia
que sobreviveu integralmente, a Orestéia, uma das mais comoventes peças
trágicas da Antiguidade.
Ésquilo – AGAMÉNONÉsquilo – COÉFORAS
Eurípedes
Eurípedes nasceu em 485 a.C. na ilha grega de Salamina e morreu em
406 a.C. na cidade de Pela (Macedônia). Ao lado de Sófocles e Ésquilo,
Eurípedes é considerado um dos grandes poetas trágicos gregos. De acordo
com estudiosos do período, estima-se que escreveu cerca de 95 peças
trágicas, porém, somente 18 chegaram
até nossa época. Pouco se sabe de sua vida, mas parece ter sido austero
e pouco sociável. Apaixonado pelo debate de idéias, suas investigações e
estudos lhe trouxeram mais alfições
do que certezas. Para ele, os mitos (elementos vitais da tragédia) eram
apenas coleções de histórias cuja função era perpetuar crenças sobre
concepções primitivas. Por tal motivo, opta por relatar em suas
tragédias a história dos negados e/ou vencidos, podendo citar como
exemplo a obra As Troianas, em que o autor relata a história das
mulheres da cidade de Tróia (lembrando que na época as mulheres não eram
consideradas como membros da sociedade). Nisso se diferencia tanto de
seus predecesores quanto rompe com características importantes aos
gregos. Esse rompimento talvez lhe tenha impedido de construir peças
harmônicas e perfeitas no seu conjunto, já que os mitos cumpriam muito
bem esse papel de fundo. Mesmo assim, compôs cenas memoráveis e agudas
análises psicológicas. Em sua obra, encontramos a nós mesmos e em suas
peças, descobrimos o drama moderno mais de dois mil anos antes de seu
nascimento.Eurípedes – ALCESTE
Eurípedes – ANDRÔMACA
Eurípedes – AS BANCANTES
Eurípedes – ELECTRA
Eurípedes – HIPÓLITO
Eurípedes – ÍON
Eurípedes – MEDÉIA
Menandro
Menandro (342 a.C – 291
a.C.) foi o principal autor da Comédia nova, última fase da evolução
dramática ateniense, que exerceu profunda influência sobre os romanos
Plauto e, sobretudo, Terêncio. Nasceu em Atenas, numa família abastada,
recebeu educação bem cuidada e acredita-se que tenha sido pupilo de
Teofrasto. Durante a época em que viveu não foi reconhecido como um
grande autor de comédias. No entanto, depois de sua morte, suas obras
foram tão divulgadas que passaram a ser consideradas, por muitos
intelectuais da época, como um primor estético. Um exemplo da fama que
Menandro conseguiu foi este epigrama criado por Aristófanes: “Menandro e
vida: qual de vós imita o outro?”. As obras de Menandro foram quase
todas consumidas pelo tempo. Somente em 1958 foi encontrado um papiro
egípcio contendo a obra “Misantropo”, que conta a história de um homem,
cujo nome é emprestado a obra, e sua filha, Cnemon. As condições
políticas vigentes em Atenas na época de Menandro não mais permitiam a
sátira às instituições e homens públicos, característica da comédia
antiga, assim, os temas principais da sua comédia são viagens, disputas
familiares e amores clandestinos. Seus personagens são inspirados em
pessoas comuns: cozinheiros, escravos, médicos, filósofos, adivinhos e
militares.
Menandro – O MISANTROPO
Sófocles
Sófocles
nasceu na pequena localidade de Colono nas imediações de Atenas,
provavelmente em 495 a.C., e morreu na mesma cidade, no ano 406 a.C. Ele
desfrutou das comodidades de filho de um
rico mercador e com apenas 16 anos de idade estava pronto para competir
com os dramaturgos já experientes, e não foi outro senão Ésquilo quem
perdeu o 1º prêmio contra este jovem. Sempre interpretava suas próprias
peças, exerceu importante papel na vida pública, foi por vinte e quatro
vezes vencedor de concursos dramáticos e escreveu mais de cem tragédias.
O seu tema constante é o destino humano – o destino do herói que sofre e
é destruído. A suas tragédias apresentam a crise desse destino
individual, imposto pelas forças sobrenaturais, retratam personagens
nobres e da realeza e mostram dois tipos de sofrimento: o que decorre do
excesso de paixão e o que é consequência de um acontecimento acidental
(destino). Ele acredita que o homem está no centro do mundo, mas também
crê no poder irresistível dos deuses (ainda que não tenha fé na justiça
divina). Reduziu a importância do coro no teatro grego relegando-o ao
papel de observador do drama que se desenrola à sua frente. Também
aperfeiçoou a cenografia e aumentou o número de elementos do coro de 12
para 15, porém esse número pode variar de acordo com o poeta que define a
tragédia. Sua concepção teatral foi inovadora e elevou o número de
atores de dois para três e é, ainda hoje, o mais representado autor do
teatro grego no mundo inteiro.
Sófocles – ANTIGONESófocles – ÉDIPO
Sófocles – ELECTRA
Fonte: http://www.encontrosdedramaturgia.com.br/?page_id=158